A nova marca também faz alusão a Darcy Ribeiro, primeiro reitor e idealizador da Universidade de Brasília
Prestes a completar 60 anos, a Universidade de Brasília (UnB) lançou uma nova marca visual nesta quarta-feira (15/12), durante evento na reitoria. Com slogan batizado de “Atuante como sempre, necessária como nunca”, a instituição de ensino superior planeja uma série de eventos, incluindo homenagem aos servidores mortos durante a pandemia de Covid-19.
“No ano que vem Darcy Ribeiro completaria 100 anos. Teremos vários eventos juntamente com a Fundação Darcy Ribeiro para comemorar os 100 anos do nosso fundador”, contou a reitora da UnB, Márcia Abrahão. A nova marca também faz alusão ao primeiro reitor e idealizador da UnB.
Projeto da UnB oferece assistência a mulheres vulneráveis na pandemia
“Com a criação da UnB, se imprimiu um ponto de inflexão na política de educação superior brasileira. Primeiro, porque criou-se uma universidade na capital do país, em dissonância com os interesses das elites dirigentes. Segundo, essa universidade nasce com um projeto orientador que a distingue das demais, que imprime a pauta do compromisso social como uma marca dessa nova instituição”, afirma Olgamir.
“No ano que vem faremos uma premiação aos ex-alunos. Vamos ter vários eventos externos, que chamamos de: UnB perto de você. Estamos com eventos na Esplanada. E o Hospital Universitário vai completar 50 anos. Ele foi muito importante para a sociedade agora, na pandemia, tanto na linha de frente, como também nas pesquisas”, destacou Márcia.
Em 2021, a comunidade universitária soma 58.969 mil pessoas. Deste total, 41.930 são estudantes de graduação, 10.848 de pós-graduação, além de 2.958 docentes e 3.233 técnicos-administrativos. “A universidade não parou”, frisou a reitora Márcia Abrahão.
Corte no orçamento
Devido à pandemia de Covid-19, a UnB vai completar 60 anos com pouco dinheiro em caixa. A instituição de ensino e pesquisa sofreu um corte de 70% no orçamento para custeios, entre 2014 e 2021, quando teve R$ 135,8 milhões para investimento. Para 2022, a atual proposta de orçamento em tramitação no Congresso Nacional prevê saldo um pouco mais elevado: R$ 137,5 milhões.
Mesmo com a baixa no orçamento nos últimos anos, a UnB continuou desenvolvendo várias pesquisas sobre a pandemia. A proposta original do governo federal para o montante no ano que vem para a universidade era de R$ 145.694.889. Mas a previsão foi reduzida em pouco mais de R$ 8 milhões. A fim de minimizar a situação, a própria reitora negocia no Congresso uma recomposição, pleiteando uma incremento de 15% para todas as universidades públicas no Brasil.
“Estamos pleiteando o orçamento de 2019, corrigido. Para a UnB, foram R$ 151.590.279,00. Estamos pedindo correção, o que daria R$ 178.870.071,00”, afirmou Márcia Abrahão. Por isso, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), ela negocia diretamente com a presidente da Comissão Mista de Orçamento no Congresso, a senadora Rose de Freiras (MDB/ES).
O objetivo da comunidade acadêmica é assegurar R$ 4,5 bilhões para o MEC e R$ 1,7 bilhão para as universidades federais. “Essa é a nossa expectativa. O relator setorial da educação já sinalizou positivamente, mas ele não tem essa autonomia, por isso estamos trabalhando junto com a comissão”, comentou Abrahão.
Com a limitação do dinheiro em caixa, em 2021, a UnB precisou buscar outras fontes de recursos, inclusive na pesquisas contra a pandemia. Em janeiro de 2022, 15% das disciplinas terão aulas presenciais – total ou parcialmente.
