MPF investiga fura-fila na vacinação de servidores da Abin e Forças Armadas

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O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito para apurar denúncias de que servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e das Forças Armadas teriam furado a fila de vacinação contra Covid-19 no Distrito Federal. O processo tramita no 6º Ofício de Combate à Corrupção e Improbidade.
As investigações apuram supostas irregularidades na vacinação contra Covid-19 de servidores, agentes e militares das forças de segurança e salvamento e Forças Armadas e da Abin no âmbito do Distrito Federal, que estariam ocorrendo fora dos parâmetros estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização.
Conforme informado pelo MPF, já foram realizadas algumas diligências, com envio de ofício para o Ministério da Saúde e para a Secretaria de Saúde do DF. O órgão ministerial aguarda as respostas.
A Secretaria de Saúde do DF informou, por e-mail, que responderá ao Ministério Público Federal dentro do prazo estabelecido.
As Forças Armadas e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não se manifestaram até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.
A Associação dos Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (ASBIN) destacou, em nota, que os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) possuem atuação no campo da Segurança Pública.

“A Atividade de Inteligência é essencial para o Estado e para a Sociedade brasileiros, ainda mais em momentos de crise, por isso é justa e necessária a vacinação dos servidores como forma de preservação da saúde de cada um deles, dos parceiros do Sistema Brasileiro de Inteligência e da sociedade como um todo, bem como para a manutenção dos serviços prestados por esses profissionais em prol dos brasileiros”, finalizou.
Em resposta, o Ministério da Defesa informou que “a vacinação dos militares e servidores administrativos segue ordenamento dos grupos prioritários, conforme preconizado pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19, elaborado pelo Ministério da Saúde.”