Mortes por pneumonia aumentam e DF tem janeiro mais letal da história

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Os cartórios de registro civil do Distrito Federal registraram recorde de óbitos no mês passado, sendo este o janeiro mais mortal desde o início da série histórica, em 2003. Foram notificados 1.658 óbitos no DF, um aumento de mais de 11% em relação a janeiro de 2021, que somou 1.485 mortes e que já havia registrado crescimento de 18,1% em comparação com janeiro de 2020, ainda antes do início da pandemia no país.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-BR). A plataforma é abastecida em tempo real com atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 cartórios de registro civil do país, e cruzados com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No primeiro mês deste ano, diante do avanço de doenças respiratórias, como Covid-19 e influenza, o DF registrou aumento de 77% nos falecimentos por pneumonia, em comparação com o mesmo mês de 2021: as mortes por pneumonia passaram de 171 para 304. Em 2020, antes da pandemia, foram 249 óbitos pela doença.
Outro dado observado está relacionado ao crescimento de mortes por doenças do coração em janeiro deste ano, na comparação com o primeiro mês do ano passado: AVC (72%), septicemia (44%) e insuficiência respiratória (29%). Também registraram crescimento as mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG, com 25%), doenças cardiovasculares (15%) e infarto (10%). Já os óbitos por Covid-19 tiveram redução de 56% no período.
Mortes violentas crescem
Também no mês passado os falecimentos por mortes naturais – aquelas causadas por doenças – cresceram 10,8%. Já as mortes por causas violentas – aquelas em razão de homicídios, acidentes de veículos, suicídio, entre outras – aumentaram 36%.
Para a Arpen, isso mostra que a diminuição do isolamento elevou os índices de óbitos em razão de acidentes e crimes. Na comparação de janeiro de 2020, antes do isolamento, com janeiro de 2021, houve queda de 6,12% nas mortes violentas