Após encontro de governadores com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que há preocupação de que o encerramento de contratos do Ministério da Saúde com fabricantes de vacinas gere uma corrida de estados e municípios para comprarem imunizantes.
“Nós temos agora, no mês de setembro, vários contratos vencendo no que diz respeito à vacinação. Isso nos preocupa muito. Nós queremos evitar uma corrida de estados e municípios atrás de vacinas dentro desses contratos”, afirmou Ibaneis.
Segundo o governador do DF, o Senado vai negociar com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que a imunização contra a Covid-19 continue por meio do Plano Nacional de Imunizações: “Então, vamos levar essa preocupação, via Senado Federal, ao ministro da Saúde para que a gente tenha renovação dos contratos pelo PNI, para que a gente possa ter toda a população brasileira vacinada pelo menos até o final desse ano”.
O Instituto Butantan, que produz a vacina Coronavac em parceria com o a chinesa Sinovac, deve concluir a entrega de 100 milhões de doses em setembro, encerrando o contrato com o governo federal.
“Isso é uma coisa que nos preocupa muito, porque os contratos estão sendo encerrados agora, das 100 milhões de doses, com os produtores, como é o caso do Butantan e outros. Então, a gente precisa que haja uma cobrança no sentido de que esses contratos sejam renovados, garantindo vacinação para toda a população de forma equânime”, assinalou Ibaneis.
A reunião de Pacheco com os governadores ocorreu na residência oficial do Senado, na manhã desta quinta-feira (2/9). O encontro acontece às vésperas do feriado de 7 de setembro, para quando estão previstos diversos protestos na Esplanada dos Ministérios, a favor e contra o governo Bolsonaro.
Além de Ibaneis, participaram Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Renato Casagrande (Espírito Santo), Romeu Zema (Minas Gerais), Helder Barbalho (Pará) e Wellington Dias (Piauí).
Segundo Ibaneis, os gestores também relataram preocupação com o “esgarçamento” das relações entre os Poderes. “Isso foi pauta da última reunião e que foi reafirmada hoje aqui, na presença do nosso presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no sentido de que a gente possa distensionar esse país porque nós temos um reflexo muito ruim tanto na economia, no encarecimento dos preços dos produtos”, assinalou.
Os governadores e o presidente do Senado também discutiram sobre a reforma do Imposto de Renda e a PEC dos Precatórios.
