Dose de reforço deve ser aplicada em 10,9 milhões de pessoas até novembro

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O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (25/8), que a dose de reforço da vacina da covid-19 deverá ser aplicada, neste primeiro momento, em 10,9 milhões de pessoas até o fim de novembro. A conta foi feita pelo secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, e divulgada durante coletiva de imprensa. A dose de reforço foi recomendada pelo ministério para idosos com 70 anos ou mais e para imunossuprimidos.
Os idosos com mais de 70 anos devem tomar o reforço vacinal contra o novo coronavírus seis meses após a segunda dose da vacina (ou dose única da Janssen). Já os imunossuprimidos tomarão a dose de reforço, pelo menos, 28 dias após terem completado o esquema vacinal.
“Se encaixam nesse grupo (que receberá a dose de reforço), uma população de 1,1 milhão de brasileiros até dia 15 de setembro. Na segunda quinzena (de setembro), soma-se a esse 1,1 milhão, mais 1,2 milhão de brasileiros. Destinaremos doses suficientes para poder essa população nesse período. Para o mês de outubro, temos mais 7 milhões de brasileiros que se encaixam nesse perfil e em novembro 1,6 milhão de brasileiros”, explicou o secretário-executivo da Saúde.
Dessa forma, somando as pessoas que devem recebem a dose de reforço a partir de setembro até novembro estão 10,9 milhões de pessoas. A pasta garante ter doses suficientes para imunizar este grupo e continuar a vacinação de outras pessoas.

Soberania
No entanto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que existe risco de faltar doses de imunizantes caso cada estado e cidade siga as próprias regras e não as normas indicadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
“Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde, lamentavelmente, não terá condição de entregar doses de vacinas. Temos que nos unir aqui para falar a mesma língua. Se for diferente, vai faltar dose mesmo. Não vale ir para a Justiça, o direito de ir para a Justiça é um direito universal e constitucional, mas o juiz não vai assegurar dose que não existe”, disse Queiroga.

O Ministério da Saúde orienta que a dose de reforço deverá ser aplicada em quem tomou qualquer vacina usada na campanha nacional de vacinação contra a covid-19. Esta dose de reforço deverá ser, preferencialmente, uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech. “Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou Astazeneca”, disse o órgão.