Representantes de sindicatos da saúde do Distrito Federal reuniram-se, na tarde de ontem (18), na Comissão de Saúde da Câmara Legislativa, para tratar em caráter de urgência do projeto de lei que prevê a implementação de uma Organização Hospitalar no DF e discutir estratégias conjuntas em prol dos trabalhadores das categorias representadas.
O projeto apresentado pelo governo do Distrito Federal pretende ampliar o modelo de gestão do Instituto Hospital de Base para outras unidades hospitalares – Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Unidades de Referência Distrital (URDs), Hospitais Regionais e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o que representa claramente a terceirização do serviço público em Saúde.
O deputado distrital Jorge Vianna (Podemos) presidiu a reunião que também contou com a presença de algumas autoridades, como o Líder do Governo na Câmara, deputado Cláudio Abrantes (PDT) e um representante dos deputados João Cardoso (Avante) e Reginaldo Sardinha (Avante).
Na ocasião, os representantes sindicais se mostraram muito preocupados com a proposição do governo pois não condiz com o que foi proposto durante a campanha eleitoral. Ibaneis havia assumido o compromisso de que em seu mandato o diálogo seria aberto com os trabalhadores, o oposto do que ocorre nestes seus primeiros 18 dias de gestão.
Além do SODF, estiveram presentes na reunião a presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SindEnfermeiros), Dayse Amarilio, o vice-presidente do Sindicato dos Médicos (Sindmédico), Carlos Fernando, o presidente do Sindicato dos Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF), João Cardoso, o presidente sob Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Laboratório (Sintralab), André Ângelo, o presidente do Sindicato dos Agentes de Vigilância Ambiental e Agentes Comunitários de Saúde (Sindvacs), Ademir Domicio e o presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Marcos Wesley.
A presidente do Sindicato dos Odontologistas do DF, Jeovânia Rodrigues, manifestou a indignação dos Cirurgiões-Dentistas da SES/DF diante deste projeto e declarou que “as mudanças estruturantes e urgentes que a saúde precisa devem ser construídas em conjunto e com diálogo. Infelizmente esta atitude por parte do governador abalou os trabalhadores da SES/DF que tem vivido tempos muito difíceis, onde as condições de trabalho tem sido extremamente críticas, penalizando usuários e servidores.”
Jeovânia entende que é fundamental que as entidades se unam, em ações articuladas e estratégicas, para defender o Sistema Único de Saúde do DF, evitando situações críticas, como a que aconteceu recentemente no Rio de Janeiro, onde Organizações Sociais abandonaram a prestação do serviço à população e demitiram trabalhadores em massa.
Por fim, os sindicatos assumiram o compromisso de desenvolverem uma série de ações, ampliando a participação com outras lideranças sindicais e para discutir estratégias coletivas de atuação.
