Reajuste dos servidores depende de cortes, diz secretário de Guedes

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O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse, nesta quarta-feira (17/11), que, além de aprovar a PEC dos Precatórios, seria necessário cortar outras despesas previstas no orçamento para conceder reajuste aos servidores no próximo ano.
Nesta semana, em Bahrein, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sinalizou que o governo deve conceder o reajuste a todos os funcionários públicos federais, se a PEC for aprovada pelo Congresso Nacional.
“Para eu dar aumento de salário para servidores públicos, preciso reduzir alguma outra despesa. Se existe uma demanda democrática, legítima da sociedade, para darmos aumentos de salários para funcionários públicos, o que faremos? Teremos de mostrar que gastos serão reduzidos para esse aumento de despesas”, disse Sachsida.
A proposta de orçamento de 2022, enviada ao Congresso em agosto deste ano, não inclui o reajuste para os servidores. O documento prevê apenas novos concursos públicos.
No entanto, na terça-feira (16/11), Bolsonaro afirmou que todos os funcionários públicos terão reajuste no salário, caso a PEC dos Precatórios seja aprovada pelo Congresso Nacional.
“[Eles] Estão há dois anos sem reajuste. Seria reajuste. Conversei com o Paulo Guedes (ministro da Economia). Em passando a PEC dos Precatórios, tem que ter um pequeno espaço para dar um pequeno reajuste. Não é o que eles merecem, mas é o que nós podemos dar. Todos os servidores federais, sem exceção”, disse o presidente à imprensa. A declaração ocorreu após o chefe do Executivo brasileiro participar de um seminário de investimentos no Bahrein.
A PEC é a principal aposta do governo para viabilizar o programa substituto do Bolsa Família, o Auxílio Brasil – que deve garantir um benefício mensal de R$ 400 até o fim de 2022. Para isso ser possível, contudo, é necessário abrir espaço no Orçamento de 2022. Ao todo, a verba necessária é de R$ 91,6 bilhões.